domingo, 2 de maio de 2010

Uma ode à minha sorte... NÃO

Olha, se Lemony Snicket tivesse imaginado a desventura que é minha vida, ele certamente não teria escrito sobre os irmãos Baudelaire. Ok, vou deixar de ser dramática, porque a história dos três irmãos é trilhões de vezes pior que a minha. E é um dos meus livros favoritos. Falando sério, acho que passei reto pela fila da sorte, não é possível.

Era uma manhã de sábado de muito calor (ó que surpresa) quando eu tive que sair do conforto da minha cama de madrugada às 6 horas da manhã para ir pro curso. Tudo bem, vamos nessa! Uhul! Não.
Como sou pobre, fui até o ponto de ônibus esperar meu coche. Mentira, fui esperar o ônibus mesmo (AVÁ! Se você não falasse eu nem ia sacar que você estava num ponto de ÔNIBUS esperando um ÔNIBUS!).O fato é que eu estava lá, deretendo embaixo daquele sol escaldante, quando surge um deus grego de feições principescas e porte atlético andando em direção ao mesmo local onde eu me encontrava. Morri 15 milhões de vezes.
Esse deus grego, só a título do informação, é meu vizinho. Sério, gente. E o pior é que ele é meu vizinho desde que éramos crianças. Eu estudei com a irmã dele e nós duas até que nos falávamos, mas eu nunca fui amiga dele (que droga, hein!). O principal é que ele é meu vizinho, é lindo e estava a menos de um quilômetro de distância de mim. Morri mais 30 milhões de vezes.
Ele nem olhou pra mim (óbvio, né!), mas lá estava eu, dando a louca. Delícia, hein. Então eu vi. Era azul, lindo e absoluto. *fanfarra real ao fundo* Era o meu amado ônibus! *coro de anjos* Quando finalmente paro de lamentar o fato de ter que parar de olhar para o monumento que é meu vizinho e preparo-me para subir no ônibus, percebo que o mesmo está nada mais nada menos que abarrotado de gente (não, imagina! Abarrotado de extraterrestres!). Com um suspiro resignado, voltei a olhar esperançosa para o horizonte, onde esperava ver algum outro ônibus. Odeio atrasos. Bem, pelo menos eu ficaria lá admirando meu vizinho lindo. YES!
Nisso eu vejo outro ônibus se aproximando e decido ir nesse, custe o que custar. O que eram algumas centenas poucas pessoas, né gente? Mais uma vez tiro meus olhos daquela obra divina, faço minha melhor pose de largada de maratona e olho para a porta traseira do ônibus, que havia acabado de parar. Refleti um pouco enquanto olhava para o interior do veículo, em dúvida se aquilo era um punhado de gente ou um formigueiro motorizado. A primeira opção me pareceu mais atrativa, então respirei fundo e fui procurar um lugar para me apoiar antes de partir para a ação propriamente dita. Adivinhe o que aconteceu? MORREU... O MAMUTE MORREU... Não gente, eu não morri, não. Segurei no minúsculo espaço que restava e subi com muito sacrifício no veículo, não sem antes ver, através da minha visão periférica, o deus grego do meu vizinho olhar em minha direção, e eu lá, PENDURADA NA PORTA TRASEIRA DO ÔNIBUS.
Ó céus.

De qualquer jeito,
see you soon!

Por: Red Shoes.

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